Um elemento essencial em qualquer complexo portuário é seu conjunto de acessos terrestres, quer rodoviários, quer ferroviários. São as estradas e as linhas férreas utilizadas no escoamento das cargas entre os terminais e as zonas industriais, consumidoras ou agrícolas que o utilizam. No caso do Porto de Santos, o principal do Brasil, suas instalações contam com o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), o Anel Rodoviário (Rodoanel) de São Paulo e as malhas férreas das concessionárias Rumo-ALL, MRS e FCA.
Principal acesso rodoviário ao Porto, o SAI é formado pela Via Anchieta e a Rodovia dos Imigrantes, que ligam o Planalto à região, além das rodovias Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá) e Padre Manuel da Nóbrega (SP-55). A Anchieta, especificamente, chega à Margem Direita (Santos) do complexo.
Atualmente, os governos Federal, Estadual e Municipal preparam a reformulação dessa chegada, com a modernização da entrada da Cidade. A parte das obras programada para a região portuária, parcela do empreendimento avaliada em R$ 126 milhões (cifra a ser atualizada), será realizada pela União.
Segundo o secretário nacional de Infraestrutura Portuária, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Daniel Maciel de Menezes da Silva, o projeto dessas intervenções será concluído até o final deste ano e, a economia se recuperando, sua construção será licitada em 2017.
O Rodoanel de São Paulo é outro elemento importante, ao ligar o SAI a rodovias que cobrem o interior paulista e, a partir delas, outros estados da federação.
Em relação aos acessos ferroviários, as principais malhas que atendem o Porto são as da Rumo-ALL e a da MRS. A primeira se estende pelos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (nesses dois, chegando às zonas de produção agrícola), Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conta com linhas para trens com bitolas (distância entre suas rodas) métrica (ou estreita, de um metro) ou longa (1,6 metro). Já a MRS sai de São Paulo e continua por Minas Gerais e Rio de Janeiro – o que originou sua denominação, sigla de Minas, Rio e São Paulo. Sua malha é para bitola larga.
Sem acesso direto ao Porto, a FCA atende o complexo marítimo ao operar em parceria com a Rumo-ALL, conectando suas malhas em Campinas. As linhas da empresa estão presentes em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, Goiás, Bahia e no Distrito Federal.
Fonte: atribuna.com.br – 4/10/2016
