Aumento dos roubos de carga motiva operação

Para coibir os índices de roubos de carga na região, a PM (Polícia Militar) aposta em operações. Conforme dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado, o Grande ABC registrou 463 crimes do tipo neste ano (de janeiro a novembro), o que representa aumento de 52,81% em relação ao mesmo período de 2016, quando o número chegou a 303 casos.
A estimativa é a de que cerca de 80% dos roubos de carga sejam realizados em vias urbanas. Considerando os dados de novembro, o aumento nas sete cidades chega a 38,89% (de 36 casos para 50).
A ação de ontem (28/12), em Santo André, contou com efetivo dos dois batalhões da cidade, totalizando 150 policiais e 100 viaturas. Foram realizados quatro pontos de bloqueio durante todo o dia, com foco nos centros comerciais, vias movimentadas como as avenidas dos Estados e a Capitão Mário Toledo de Camargo, além de áreas de divisas. A cidade andreense registrou 103 roubos de carga neste ano, número 41,1% maior do que em 2016 (73 casos), sendo que 11 foram no último mês.
Conforme o chefe de operações do CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6), major Vlamir Machado Luz, as quadrilhas que atuam no roubo de cargas costumam ser mais especializadas. “No roubo de veículos, o assaltante vai para o local onde há maior oferta de carros visados. Quando acontece um roubo de carga, já se sabe a carga que será roubada e ela já tem um destino. O combate preventivo é mais complicado, porque demanda investigação e um estudo deste comportamento”, explica.
Na região, além de a maior parte dos casos ser registrada no trecho de vias urbanas (segundo a Polícia Rodoviária, foram dois registros nas rodovias da região em novembro), a característica principal do crime é a de roubos de veículos de pequeno porte. O momento da abordagem do criminoso costuma ser durante o período da entrega dos produtos.
“Isso acontece porque são as cargas mais fáceis de serem levadas. Já em relação ao local, na rodovia é o mais difícil de ocorrer, porque são grandes caminhões e é mais difícil fazer essa abordagem. Nas cidades está concentrada a maior parte das empresas de descargas”, afirma o major.
Fonte: Diário do Grande ABC -29/12/2017