Os dados atualizados do Painel CNT do Transporte – Aquaviário revelam que a movimentação portuária, em setembro de 2020, alcançou aproximadamente 98 milhões de toneladas, resultado 1,7% maior que o de setembro de 2019, quando foram movimentadas 96,3 milhões de toneladas.
Ao comparar a variação entre agosto e setembro de 2020, no entanto, houve redução de 11,3% – o oitavo mês do ano registrou 110,5 milhões de toneladas nos portos brasileiros. Queda semelhante foi observada entre os meses de agosto e setembro de 2019 (quando o volume reduziu de 107,8 milhões de toneladas para 96,3 milhões entre os dois meses).
Conforme o presidente da CNT, Vander Costa, o painel mostra a importância dos terminais privados no transporte aquaviário. “Enquanto os portos públicos movimentaram 34,5% do total de cargas neste ano, os privados respondem por 65,5%, o que corresponde a um volume de 556,5 milhões de toneladas no acumulado do ano”. Segundo ele, “os números reforçam a necessidade de se promover um ambiente favorável aos negócios, à liberdade de empreender e à ampliação da participação da iniciativa privada nos investimentos em infraestrutura”. Isso passa, conforme o presidente, pela desburocratização do setor e pela promoção de segurança jurídica.
A navegação de longo curso responde por 70,5% do volume total no ano, até setembro. Em seguida, vêm a cabotagem, com 22,9%, e a navegação interior, com 6,4%. O restante corresponde a apoio portuário (0,2%) e apoio marítimo (0,1%).
Na análise por perfil de carga, observa-se que granel sólido foi responsável por 61,3% do total de cargas movimentadas entre janeiro e setembro de 2020. Depois, aparecem granel líquido e gasoso (24%), carga conteinerizada (10,1%) e carga geral (4,6%).
O Painel CNT do Transporte – Aquaviário busca ampliar o conhecimento da sociedade sobre o setor, disponibilizando os principais indicadores relacionados ao modal no Brasil. É possível fazer consultas e acessar dados comparativos da movimentação por tipo de instalação portuária e mercadoria, buscas por perfil da carga e tipo de navegação, frota, entre outros.
Fonte: Agência CNT Transporte Atual