A descarbonização da frota de veículos pesados é um desafio mundial dentro da mobilidade verde e o Brasil tem despontado entre os países com ações inovadoras. Editada este ano, a portaria (Nº 622/2024) que estabelece a nova lei de concessões determinou que 1% da receita bruta dos contratos de rodoviárias federais seja destinado a investimentos em desenvolvimento de infraestrutura sustentável. O avanço foi destacado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante o ROG.e, evento que reuniu líderes de energia e transporte para discutir soluções sustentáveis ao setor, no último dia 24.

“O Ministério dos Transportes tomou algumas providências relevantes. A primeira delas foi garantir que os novos leilões e concessões rodoviárias destinem 1% das tarifas pagas pelo usuário para o desenvolvimento de novas tecnologias em sustentabilidade, com foco principal em descarbonização”, disse. Ainda dentro das concessões rodoviárias e otimizações de contratos, o ministro citou a implantação do sistema de pedágio eletrônico, o freeflow. Ao assegurar o pagamento automático de pedágio, elimina-se a dependência dos postos e a geração de mais gás carbônico com engarrafamentos, aceleração e desaceleração dos automóveis nas cancelas.

Renan Filho participou do painel Virtua GNL na Estrada. Ao lado dele estavam José de Moura Júnior, fundador da VirtuGNL; Marcelo Cruz, diretor executivo da Eneva; Alex Nucci, vice-presidente da Scania; e Demetrio Magalhães, CEO da Edge. Diante dos participantes, o ministro falou de avanços do Brasil no mercado de gás, mas reforçou a necessidade de interiorização de serviços de abastecimento com a ampliação de postos para veículos verdes.

“O Brasil é referência no uso de biocombustíveis, o etanol e o biodiesel, e isso já garante que a gente emita menos combustíveis fósseis do que a média mundial. Agora o Brasil é um país continental e a gente precisa trazer carga da área central do país para os portos. Para isso ser feito de maneira sustentável no transporte, a gente precisa ter tecnologia que permita autonomia”, disse ao complementar como o aporte de recursos estipulados em novos contratos de concessões para estudos e pesquisa no setor são importantes.

Fonte: Ministério dos Transportes