Associação estima que a recuperação das perdas dos últimos dois anos aconteça apenas no final de 2017.
As vendas de implementos rodoviários recuaram 30,6% no acumulado entre janeiro e novembro na comparação com iguais meses de 2015, de acordo com dados divulgados na última quinta-feira, 8, pela Anfir, associação que reúne as fabricantes no Brasil. Foram emplacadas 56.734 unidades contra as 81.766 de um ano antes.
O segmento de pesados – reboques e semirreboques – registrou queda no comparativo anual, de 21%: foram 21,4 mil sobre as 27,2 mil. Em novembro, registrou recorde negativo com a entrega de 1,4 mil unidades. Mas o pior desempenho veio da categoria leve, de carrocerias sobre chassis, cuja queda chegou a 35,3% no comparativo anual, para pouco mais de 35,2 mil unidades. No ano passado, este volume foi de 54,5 mil.
“Sem uma alteração nas regras de financiamento para 2017 será muito difícil para a indústria aproveitar qualquer sinal de aquecimento da economia”, avalia o presidente da entidade, Alcides Braga.
Apesar disso, a associação entende que mesmo com a adoção imediata de novas regras para financiamento de bens de capital os resultados positivos demorariam a aparecer. “A venda de implemento rodoviário é uma operação que naturalmente demanda tempo. Por ser bem de capital o cliente precisa pesar com precisão a necessidade de realmente adquirir produtos novos”, argumenta o diretor executivo da Anfir, Mario Rinaldi.
Dessa forma, considerando que o reaquecimento da economia tende a ser naturalmente lento, a entidade estima que a recuperação das perdas dos últimos dois anos (2015 e 2016) só deverá ter início a partir do final do primeiro semestre de 2017.
09Automotive Business – 9/12/2016